
IRRRRRRRRRRA!
Peço desculpa por este post politicamente incorrecto (ainda mais nos tempo que correm) mas hoje aconteceu-me uma coisa que me tirou do sério.
Quem fuma (principalmente porque agora tem de fazê-lo na rua), com certeza já foi interpelado por uma velhinha de aspecto carinhoso que o incitava a apagar o cigarro ("isso faz tão mal, filho!"). A isso até já me acostumei. Com um sorriso mais ou menos amarelo (que depende directamente do estado do tempo) lá conseguimos que a dita velhinha nos deixe a sós com os nossos (pré-existentes) problemas de consciência. Agora chegar ao ponto a que cheguei a esta manhã...
Não é que, parada em pleno semáforo na Almirante Reis, fui PERSEGUIDA por um velhinho rua (ou melhor, avenida) abaixo, a insistir comigo que apagasse o cigarro??
Eu ainda não me tinha pronunciado sobre esta lei do tabaco, mas já que ocorreu este pequeno incidente, vou aproveitar para abrir o livro.
Concordo que haja esta distinção de locais onde se pode ou não fumar, porque já estive do lado não-fumador e não gostava de ser incomodada. Não concordo que me persigam quando não estou a incomodar ninguém.
Concordo que fumar faz mal, mata, provoca ataques cardíacos e impotência. Não concordo que as pessoas achem que eu não sei, ou achem que são o meu médico de família.
Não me vou alongar muito mais (porque senão corro o risco de perder os meus já escassos 1.2 leitores), quero apenas dizer que acho que esta lei trouxe ainda mais ao cimo essa característica tão típica do povo português (não todos, mas muitos) conhecida tecnicamente como o "meter-me na vida dos outros". E nós, fumadores, agradecemos que nos deixem andar (já bem basta terem-nos escorraçado para um Inverno gélido!).
Obrigada
P.S. - A título de mera curiosidade, se alguém mo souber dizer, gostava de saber qual foi o aumento de casos de gripe e constipações que houve este Inverno. É que, julgando pelas portas de cafés, bares e restaurantes, os hospitais devem ter andado atolhados.